
Blog do Pedro Bertolino
Poemas, ensaios, artigos, vídeos e tudo mais
Carências
de amor
carente:
em beijo
de boca
ardente:
que toca
o corpo
fremente:
e a toca
em carências
de amor
carente
Pedro Bertolino
Folis, março 2012.
Pompas Cúmplices
Essa homenagem
emite passagem
é louvor já póstumo:
tentativa de mentir
esforço em dissuadir
a verdade de si mesmo
celebração e festa
proveito do que resta
da vida, que se foi a esmo.
(Pedro Bertolino
Fpolis. 03.04.012)
Sempre
em que te busco
vislumbro teu vulto:
na esperança
que não se cansa
ainda te esculpo:
na saudade
que sempre invade
te presto meu culto.
Pedro Bertolino
Fpolis. 03.04.012
Salmo Profano
Obrigado Senhor:
pelo teu amor
e a tua dor
pela tua verdade
e a tua bondade
pela tua Cruz
e a tua Luz
por teus espinhos
e teus caminhos
por tua Paixão
e o teu perdão
por tua Ressurreição
obrigado Senhor
obrigado.
(Pedro Bertolino
Fpolis. 07.04.012)
NATAL
bate que bate
conqueiro balança
coco não caia
vento que venta
morena sem saia
vento que venta
ondas na praia
(Pedro Bertolino
Natal/RN. 16.12.011
Blog do Pedro Bertolino: Livro : Poemilhas e outros poemas
Blog do Pedro Bertolino: Livro : Poemilhas e outros poemas: Pedro Bertolino/ 2010 Poemilhas I O Morro da Cruz não tinha luz nem televisão era apenas Morro do Antão. A ponte Hercílio Luz ...
Momento
Pedro Bertolino
23.11.2010
A face vermelhaque espelha
seu calor
O olhar que brilha
indica a trilha
do explendor
O corpo que se arrepia
prenuncia
seu calor
Você que se entrega
e se escorrega
para o amor.
Livro : Poemilhas e outros poemas
Pedro Bertolino/ 2010
Poemilhas I
O Morro da Cruz
não tinha luz
nem televisão
era apenas
Morro do Antão.
A ponte Hercílio Luz
tinha trilhos de pranchão
e um guarda sempre de plantão.
* *
*
Lá embaixo
navios no porto
a Ilha do Carvão
menino absorto.
* *
*
Havia uma Rita
que fazia marmita
e era depois Maria.
O povo da Arataca
comia semana inteira
e não sabia
que a sua marmiteira
um dia seria
Rita Maria.
* *
*
Depois, vinha
o cais do Frederico
as lanchas
do Paulo Lopes
nosso mercado público.
* *
*
O ônibus
parava na Alfândega
e não se chamava terminal
era apenas ponto final.
O Bar São Pedro
vendia pinga
para matar o bicho.
A chuva
molhava a gente
nas noites de carnaval.
* *
*
O Job sabia de tudo
freqüentava o senadinho
e sacaneava aquele mudo
do café do Seu Foguinho.
* *
*
O Adolfo
era dono dos autmóveis
e tinha selos
do ICM sem S
a provar propriedade
para quem quer que o quisesse.
* *
*
A Dona Traça
se pintava
na Figueira da Praça
todas as manhãs.
* *
*
As lavadeiras de Sambaqui:
pareciam margaridas
deixando as ruas floridas
com seu ti-ti-ti.
Desciam na Catedral
de um ônibus
quase sem bancos
e levavam na cabeça
aqueles seus sacos brancos.
Com as duas mãos soltas
cumpriam desenvoltas
seu rito matinal.
Eram marias
Marias de carnaval
levando na patroa
as roupas do varal.
* *
*
O Morro da Cruz
não tinha luz
nem televisão.
Era apenas
Morro do Antão.
*
* * *
*
POEMILHAS II
Areias da Lagoa
Rendeira a renda
para menino ninar.
Pescadores de canoa
vão saindo para o mar.
E as areias da Lagoa
dizem coisas ao luar.
No sorriso da morena
um convite para amar.
Uma noite sem juízo
nos seus olhos a brilhar.
E as areias da Lagoa
são poemas ao luar.
Uma flor de açucena
para a cena enfeitar.
Pele morena quente
pedindo para amar.
E as areias da Lagoa
fazem berços ao luar.
* *
*
Ingleses do Rio Vermelho
Na Praia dos Ingleses
Ingleses do Rio Vermelho
a água é verde verde
e limpa como espelho
na Praia dos Ingleses
Ingleses do Rio Vermelho
Baré botou a rede
Leca lançou também
e a gente fica esperando
pra ver que peixe vem.
Na Praia do Ingleses
Ingleses do Rio Vermelho
do Rio Vermelho.
* *
*
As Paraias
Quarenta e duas praias
para a gente se banhar.
Rendas e samambaias
para as vistas alegrar.
Mulheres tirando as saias
para o seu corpo queimar.
Jurerê Canasvieiras
brisas pra refrescar.
Galheta Praia Mole
Joaquina para surfar.
Campeche Armação
Lagoa para sonhar.
Praia da solidão
Você se desnudar.
.
* *
*
Poemilhas I
O Morro da Cruz
não tinha luz
nem televisão
era apenas
Morro do Antão.
A ponte Hercílio Luz
tinha trilhos de pranchão
e um guarda sempre de plantão.
* *
*
Lá embaixo
navios no porto
a Ilha do Carvão
menino absorto.
* *
*
Havia uma Rita
que fazia marmita
e era depois Maria.
O povo da Arataca
comia semana inteira
e não sabia
que a sua marmiteira
um dia seria
Rita Maria.
* *
*
Depois, vinha
o cais do Frederico
as lanchas
do Paulo Lopes
nosso mercado público.
* *
*
O ônibus
parava na Alfândega
e não se chamava terminal
era apenas ponto final.
O Bar São Pedro
vendia pinga
para matar o bicho.
A chuva
molhava a gente
nas noites de carnaval.
* *
*
O Job sabia de tudo
freqüentava o senadinho
e sacaneava aquele mudo
do café do Seu Foguinho.
* *
*
O Adolfo
era dono dos autmóveis
e tinha selos
do ICM sem S
a provar propriedade
para quem quer que o quisesse.
* *
*
A Dona Traça
se pintava
na Figueira da Praça
todas as manhãs.
* *
*
As lavadeiras de Sambaqui:
pareciam margaridas
deixando as ruas floridas
com seu ti-ti-ti.
Desciam na Catedral
de um ônibus
quase sem bancos
e levavam na cabeça
aqueles seus sacos brancos.
Com as duas mãos soltas
cumpriam desenvoltas
seu rito matinal.
Eram marias
Marias de carnaval
levando na patroa
as roupas do varal.
* *
*
O Morro da Cruz
não tinha luz
nem televisão.
Era apenas
Morro do Antão.
*
* * *
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POEMILHAS II
Areias da Lagoa
Rendeira a renda
para menino ninar.
Pescadores de canoa
vão saindo para o mar.
E as areias da Lagoa
dizem coisas ao luar.
No sorriso da morena
um convite para amar.
Uma noite sem juízo
nos seus olhos a brilhar.
E as areias da Lagoa
são poemas ao luar.
Uma flor de açucena
para a cena enfeitar.
Pele morena quente
pedindo para amar.
E as areias da Lagoa
fazem berços ao luar.
* *
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Ingleses do Rio Vermelho
Na Praia dos Ingleses
Ingleses do Rio Vermelho
a água é verde verde
e limpa como espelho
na Praia dos Ingleses
Ingleses do Rio Vermelho
Baré botou a rede
Leca lançou também
e a gente fica esperando
pra ver que peixe vem.
Na Praia do Ingleses
Ingleses do Rio Vermelho
do Rio Vermelho.
* *
*
As Paraias
Quarenta e duas praias
para a gente se banhar.
Rendas e samambaias
para as vistas alegrar.
Mulheres tirando as saias
para o seu corpo queimar.
Jurerê Canasvieiras
brisas pra refrescar.
Galheta Praia Mole
Joaquina para surfar.
Campeche Armação
Lagoa para sonhar.
Praia da solidão
Você se desnudar.
.
* *
*
Cantos da mulher encantos
Nunca certa mulher me cativou tanto
pelo caminho da minha vida em fora;
nunca fui envolvido por um tal encanto
como este com que me capturaste agora.
Vivo naquele constante alumbramento
de quem o corpo deseja; e a alma adora:
com a eternidade feita no momento
em que tu vens; e nosso desejo aflora.
O meu corpo inteiro ferve no calor
do êxtase supremo de prazer em ti,
meu Sonho/Bom, divino anjo sedutor.
Parece que desta vez enlouqueci
nas chamas ardentes deste nosso amor:
superação daqueles que já vivi.
pelo caminho da minha vida em fora;
nunca fui envolvido por um tal encanto
como este com que me capturaste agora.
Vivo naquele constante alumbramento
de quem o corpo deseja; e a alma adora:
com a eternidade feita no momento
em que tu vens; e nosso desejo aflora.
O meu corpo inteiro ferve no calor
do êxtase supremo de prazer em ti,
meu Sonho/Bom, divino anjo sedutor.
Parece que desta vez enlouqueci
nas chamas ardentes deste nosso amor:
superação daqueles que já vivi.
Pedro Bertolino 2010
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